terça-feira, 6 de abril de 2010

Solenidade da Páscoa da Ressurreição do Senhor

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João


No primeiro dia da semana,
Maria Madalena foi de manhãzinha, ainda escuro, ao sepulcro
e viu a pedra retirada do sepulcro.
Correu então e foi ter com Simão Pedro
e com o discípulo predilecto de Jesus
e disse-lhes:
«Levaram o Senhor do sepulcro
e não sabemos onde O puseram».
Pedro partiu com o outro discípulo
e foram ambos ao sepulcro.
Corriam os dois juntos,
mas o outro discípulo antecipou-se,
correndo mais depressa do que Pedro,
e chegou primeiro ao sepulcro.
Debruçando-se, viu as ligaduras no chão, mas não entrou.
Entretanto, chegou também Simão Pedro, que o seguira.
Entrou no sepulcro
e viu as ligaduras no chão
e o sudário que tinha estado sobre a cabeça de Jesus,
não com as ligaduras, mas enrolado à parte.
Entrou também o outro discípulo
que chegara primeiro ao sepulcro:
viu e acreditou.
Na verdade, ainda não tinham entendido a Escritura,
segundo a qual Jesus devia ressuscitar dos mortos.

Jo 20,1-9
Fonte: http://www.ecclesia.pt/cgi-bin/comentario.pl?id=429

Vigilia Pascal na Noite Santa

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas

No primeiro dia da semana, ao romper da manhã, as mulheres que tinham vindo com Jesus da Galileia foram ao sepulcro, levando os perfumes que tinham preparado. Encontraram a pedra do sepulcro removida e, ao entrarem, não acharam o corpo do Senhor Jesus. Estando elas perplexas com o sucedido, apareceram-lhes dois homens com vestes resplandecentes. Ficaram amedrontadas e inclinaram o rosto para o chão, enquanto eles lhes diziam: «Porque buscais entre os mortos Aquele que está vivo? Não está aqui: ressuscitou. Lembrai-vos como Ele vos falou, quando ainda estava na Galileia: ‘O Filho do homem tem de ser entregue às mãos dos pecadores, tem de ser crucificado e ressuscitar ao terceiro dia’». Elas lembraram-se então das palavras de Jesus. Voltando do sepulcro, foram contar tudo isto aos Onze, bem como a todos os outros. Eram Maria Madalena, Joana e Maria, mãe de Tiago. Também as outras mulheres que estavam com elas diziam isto aos Apóstolos. Mas tais palavras pareciam-lhes um desvario e não acreditaram nelas. Entretanto, Pedro pôs-se a caminho e correu ao sepulcro. Debruçando-se, viu apenas as ligaduras e voltou para casa admirado com o que tinha sucedido.


Lc. 24, 1-12
Fonte: http://www.portal.ecclesia.pt/ecclesiaout/liturgia/liturgia_site/lit_dia/ano_c/ld_anoc_ver.asp?cod_ano_c=25

Sexta-feira da Paixão do Senhor

N Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
    Naquele tempo,
    Jesus saiu com os seus discípulos
    para o outro lado da torrente do Cedron.
    Havia lá um jardim, onde Ele entrou com os seus discípulos.
    Judas, que O ia entregar, conhecia também o local,
    porque Jesus Se reunira lá muitas vezes
    com os discípulos.
    Tomando consigo uma companhia de soldados
    e alguns guardas,
    enviados pelos príncipes dos sacerdotes e pelos fariseus,
    Judas chegou ali, com archotes, lanternas e armas.
    Sabendo Jesus tudo o que Lhe ia acontecer,
    adiantou-Se e perguntou-lhes:
J «A quem buscais?».
N Eles responderam-Lhe:
R «A Jesus, o Nazareno».
N Jesus disse-lhes:
J «Sou Eu».
N Judas, que O ia entregar, também estava com eles.
    Quando Jesus lhes disse: «Sou Eu»,
    recuaram e caíram por terra.
    Jesus perguntou-lhes novamente:
J «A quem buscais?».
N Eles responderam:
R «A Jesus, o Nazareno».
N Disse-lhes Jesus:
J «Já vos disse que sou Eu.
    Por isso, se é a Mim que buscais,
    deixai que estes se retirem».
N Assim se cumpriam as palavras que Ele tinha dito:
   «Daqueles que Me deste, não perdi nenhum».
    Então, Simão Pedro, que tinha uma espada,
    desembainhou-a e feriu um servo do sumo sacerdote,
    cortando-lhe a orelha direita.
    O servo chamava-se Malco. Mas Jesus disse a Pedro:
J «Mete a tua espada na bainha.
     Não hei-de beber o cálice que meu Pai Me deu?».
N Então, a companhia de soldados,
    o oficial e os guardas dos judeus
    apoderaram-se de Jesus e manietaram-n’O.
    Levaram-n’O primeiro a Anás,
    por ser sogro de Caifás,
    que era o sumo sacerdote nesse ano.
    Caifás é que tinha dado o seguinte conselho aos judeus:
  «Convém que morra um só homem pelo povo».
    Entretanto, Simão Pedro seguia Jesus
    com outro discípulo.
    Esse discípulo era conhecido do sumo sacerdote
    e entrou com Jesus no pátio do sumo sacerdote,
    enquanto Pedro ficava à porta, do lado de fora.
    Então o outro discípulo, conhecido do sumo sacerdote,
    falou à porteira e levou Pedro para dentro.
    A porteira disse a Pedro:
R «Tu não és dos discípulos desse homem?».
N Ele respondeu:
R «Não sou».
N Estavam ali presentes os servos e os guardas,
    que, por causa do frio, tinham acendido um braseiro
    e se aqueciam.
    Pedro também se encontrava com eles a aquecer-se.
    Entretanto, o sumo sacerdote interrogou Jesus
    acerca dos seus discípulos e da sua doutrina.
    Jesus respondeu-lhe:
J «Falei abertamente ao mundo.
    Sempre ensinei na sinagoga e no templo,
    onde todos os judeus se reúnem,
    e não disse nada em segredo.
    Porque Me interrogas?
    Pergunta aos que Me ouviram o que lhes disse:
    eles bem sabem aquilo de que lhes falei».
N A estas palavras, um dos guardas que estava ali presente
    deu uma bofetada a Jesus e disse-Lhe:
R «É assim que respondes ao sumo sacerdote?».
N Jesus respondeu-lhe:
J «Se falei mal, mostra-Me em quê.
    Mas, se falei bem, porque Me bates?».
N Então Anás mandou Jesus manietado
    ao sumo sacerdote Caifás.
    Simão Pedro continuava ali a aquecer-se.
    Disseram-lhe então:
R «Tu não és também um dos seus discípulos?».
N Ele negou, dizendo:
R «Não sou».
N Replicou um dos servos do sumo sacerdote,
    parente daquele a quem Pedro cortara a orelha:
R «Então eu não te vi com Ele no jardim?».
N Pedro negou novamente,
    e logo um galo cantou.
    Depois, levaram Jesus da residência de Caifás ao Pretório.
    Era de manhã cedo. Eles não entraram no pretório, para
    não se contaminarem e assim poderem comer a Páscoa.
    Pilatos veio cá fora ter com eles e perguntou-lhes:
R «Que acusação trazeis contra este homem?».
N Eles responderam-lhe:
R «Se não fosse malfeitor, não t’O entregávamos».
N Disse-lhes Pilatos:
R «Tomai-O vós próprios, e julgai-O segundo a vossa lei».
N Os judeus responderam:
R «Não nos é permitido dar a morte a ninguém».
N Assim se cumpriam as palavras que Jesus tinha dito,
    ao indicar de que morte ia morrer.
    Entretanto, Pilatos entrou novamente no pretório,
    chamou Jesus e perguntou-Lhe:
R «Tu és o Rei dos judeus?».
N Jesus respondeu-lhe:
J «É por ti que o dizes,
    ou foram outros que to disseram de Mim?».

N Disse-Lhe Pilatos:
R «Porventura sou eu judeu?
    O teu povo e os sumos sacerdotes
    é que Te entregaram a Mim.
    Que fizeste?».
N Jesus respondeu:
J «O meu reino não é deste mundo.
    Se o meu reino fosse deste mundo,
    os meus guardas lutariam
    para que Eu não fosse entregue aos judeus.
    Mas o meu reino não é daqui».
N Disse-Lhe Pilatos:
R «Então, Tu és Rei?».
N Jesus respondeu-lhe:
J «É como dizes: sou Rei.
    Para isso nasci e vim ao mundo,
    a fim de dar testemunho da verdade.
   Todo aquele que é da verdade escuta a minha voz».
N Disse-Lhe Pilatos:
R «Que é a verdade?».
N Dito isto, saiu novamente para fora e declarou aos judeus:
R «Não encontro neste homem culpa nenhuma.
     Mas vós estais habituados
     a que eu vos solte alguém pela Páscoa.
     Quereis que vos solte o Rei dos judeus?».
N Eles gritaram de novo:
R «Esse não. Antes Barrabás».
N Barrabás era um salteador.
    Então Pilatos mandou que levassem Jesus
    e O açoitassem.
    Os soldados teceram uma coroa de espinhos,
    colocaram-Lha na cabeça
    e envolveram Jesus num manto de púrpura.
    Depois aproximavam-se d’Ele e diziam:
R «Salve, Rei dos judeus».


N E davam-Lhe bofetadas.
    Pilatos saiu novamente para fora e disse:
R «Eu vo-l’O trago aqui fora,
     para saberdes que não encontro n’Ele culpa nenhuma».

N Jesus saiu,
    trazendo a coroa de espinhos e o manto de púrpura.
    Pilatos disse-lhes:
R «Eis o homem».
N Quando viram Jesus,
    os príncipes dos sacerdotes e os guardas gritaram:
R «Crucifica-O! Crucifica-O!».
N Disse-lhes Pilatos:
R «Tomai-O vós mesmos e crucificai-O,
     que eu não encontro n’Ele culpa alguma».
N Responderam-lhe os judeus:
R «Nós temos uma lei
    e, segundo a nossa lei, deve morrer,
    porque Se fez Filho de Deus».
N Quando Pilatos ouviu estas palavras, ficou assustado.
    Voltou a entrar no pretório e perguntou a Jesus:
R «Donde és Tu?».
N Mas Jesus não lhe deu resposta.
    Disse-Lhe então Pilatos:
R «Não me falas? Não sabes que tenho poder
     para Te soltar e para Te crucificar?».
N Jesus respondeu-lhe:
J «Nenhum poder terias sobre Mim,
    se não te fosse dado do alto.
    Por isso, quem Me entregou a ti tem maior pecado».
N A partir de então, Pilatos procurava libertar Jesus.
    Mas os judeus gritavam:
R «Se O libertares, não és amigo de César:
     todo aquele que se faz rei é contra César».
N Ao ouvir estas palavras,
    Pilatos trouxe Jesus para fora
    e sentou-se no tribunal,
    no lugar chamado «Lagedo», em hebraico «Gabatá».
   Era a Preparação da Páscoa, por volta do meio-dia.
   Disse então aos judeus:
R «Eis o vosso Rei!».
N Mas eles gritaram:
R «À morte, à morte! Crucifica-O!».

N Disse-lhes Pilatos:
R «Hei-de crucificar o vosso Rei?».
N Replicaram-lhe os príncipes dos sacerdotes:
R «Não temos outro rei senão César».
N Entregou-lhes então Jesus, para ser crucificado.
    E eles apoderaram-se de Jesus.
    Levando a cruz,
   Jesus saiu para o chamado Lugar do Calvário,
   que em hebraico se diz Gólgota.
   Ali O crucificaram, e com Ele mais dois:
   um de cada lado e Jesus no meio.
   Pilatos escreveu ainda um letreiro
   e colocou-o no alto da cruz; nele estava escrito:
  «Jesus, o Nazareno, Rei dos judeus».
   Muitos judeus leram esse letreiro,
   porque o lugar onde Jesus tinha sido crucificado
   era perto da cidade.
   Estava escrito em hebraico, grego e latim.
   Diziam então a Pilatos
   os príncipes dos sacerdotes dos judeus:
R «Não escrevas: ‘Rei dos judeus’,
   mas que Ele afirmou: ‘Eu sou o Rei dos judeus’».
N Pilatos retorquiu:
R «O que escrevi está escrito».
N Quando crucificaram Jesus,
     os soldados tomaram as suas vestes,
     das quais fizeram quatro lotes, um para cada soldado,
     e ficaram também com a túnica.
     A túnica não tinha costura:
    era tecida de alto a baixo como um todo.
    Disseram uns aos outros:
R «Não a rasguemos, mas lancemos sortes,
     para ver de quem será».
N Assim se cumpria a Escritura:
   «Repartiram entre si as minhas vestes
    e deitaram sortes sobre a minha túnica».
    Foi o que fizeram os soldados.
    Estavam junto à cruz de Jesus
    sua Mãe, a irmã de sua Mãe,
    Maria, mulher de Cléofas, e Maria Madalena.
    Ao ver sua Mãe e o discípulo predilecto,
    Jesus disse a sua Mãe:
J «Mulher, eis o teu filho».

N Depois disse ao discípulo:
J «Eis a tua Mãe».
N E a partir daquela hora,
    o discípulo recebeu-a em sua casa.
    Depois, sabendo que tudo estava consumado
    e para que se cumprisse a Escritura,
    Jesus disse:
J «Tenho sede».
N Estava ali um vaso cheio de vinagre.
    Prenderam a uma vara uma esponja embebida em vinagre
    e levaram-Lha à boca.
    Quando Jesus tomou o vinagre, exclamou:
J «Tudo está consumado».
N E, inclinando a cabeça, expirou.
N Por ser a Preparação, e para que os corpos
    não ficassem na cruz durante o sábado,
   – era um grande dia aquele sábado –
   os judeus pediram a Pilatos
   que se lhes quebrassem as pernas e fossem retirados.
   Os soldados vieram e quebraram as pernas ao primeiro,
   depois ao outro que tinha sido crucificado com ele.
   Ao chegarem a Jesus, vendo-O já morto,
   não Lhe quebraram as pernas,

   mas um dos soldados
   trespassou-Lhe o lado com uma lança,
   e logo saiu sangue e água.
   Aquele que viu é que dá testemunho
   e o seu testemunho é verdadeiro.
   Ele sabe que diz a verdade,
   para que também vós acrediteis.
  Assim aconteceu para se cumprir a Escritura, que diz:
  «Nenhum osso Lhe será quebrado».
  Diz ainda outra passagem da Escritura:
  «Hão-de olhar para Aquele que trespassaram».
  Depois disto, José de Arimateia,
  que era discípulo de Jesus,
  embora oculto por medo dos judeus,
  pediu licença a Pilatos para levar o corpo de Jesus.
  Pilatos permitiu-lho.
  José veio então tirar o corpo de Jesus.
  Veio também Nicodemos,
  aquele que, antes, tinha ido de noite ao encontro de Jesus.
  Trazia uma mistura de quase cem libras de mirra e aloés.
  Tomaram o corpo de Jesus
  e envolveram-no em ligaduras juntamente com os perfumes,
  como é costume sepultar entre os judeus.
  No local em que Jesus tinha sido crucificado,
  havia um jardim e, no jardim, um sepulcro novo,
  no qual ainda ninguém fora sepultado.
  Foi aí que, por causa da Preparação dos judeus,
  porque o sepulcro ficava perto,
  depositaram Jesus.

Jo 18, 1 __ 19, 42
Fonte: http://www.portal.ecclesia.pt/ecclesiaout/liturgia/liturgia_site/lit_dia/ano_c/ld_anoc_ver.asp?cod_ano_c=24

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Missa Vespertina da Ceia do Senhor (Quinta-feira Santa à tarde)

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João



Antes da festa da Páscoa, sabendo Jesus que chegara a sua hora de passar deste mundo para o Pai, Ele, que amara os seus que estavam no mundo, amou-os até ao fim. No decorrer da ceia, tendo já o Demónio metido no coração de Judas Iscariotes, filho de Simão, a ideia de O entregar, Jesus, sabendo que o Pai Lhe tinha dado toda a autoridade, sabendo que saíra de Deus e para Deus voltava, levantou-Se da mesa, tirou o manto e tomou uma toalha, que pôs à cintura. Depois, deitou água numa bacia e começou a lavar os pés aos discípulos e a enxugá-los com a toalha que pusera à cintura. Quando chegou a Simão Pedro, este disse-Lhe: «Senhor, Tu vais lavar-me os pés?». Jesus respondeu: «O que estou a fazer, não o podes entender agora, mas compreendê-lo-ás mais tarde». Pedro insistiu: «Nunca consentirei que me laves os pés». Jesus respondeu-lhe: «Se não tos lavar, não terás parte comigo». Simão Pedro replicou: «Senhor, então não somente os pés, mas também as mãos e a cabeça». Jesus respondeu-lhe: «Aquele que já tomou banho está limpo e não precisa de lavar senão os pés. Vós estais limpos, mas não todos». Jesus bem sabia quem O havia de entregar. Foi por isso que acrescentou: «Nem todos estais limpos». Depois de lhes lavar os pés, Jesus tomou o manto e pôs-Se de novo à mesa. Então disse-lhes: «Compreendeis o que vos fiz? Vós chamais-Me Mestre e Senhor, e dizeis bem, porque o sou. Se Eu, que sou Mestre e Senhor, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns aos outros. Dei-vos o exemplo, para que, assim como Eu fiz, vós façais também».

Jo 13, 1-15
Fonte: http://www.portal.ecclesia.pt/ecclesiaout/liturgia/liturgia_site/lit_dia/ano_c/ld_anoc_ver.asp?cod_ano_c=23