quarta-feira, 6 de outubro de 2010

De volta

Há muito, muito tempo que penso em voltar a escrever aqui.
Aconteceram muitas coisas nos ultimos tempos, a mais feliz de todas, foi sem duvida o nascimento do meu pequeno principe!
Quando olho para ele só me apetece dar beijinhos! Mas tenho que confessar que durante algum tempo quando olhava para ele as lágrimas me vinham aos olhos e por vezes correram mesmo... Não consegui explicar esse acto a mim mesma. Olhar aquele pequeno ser dava-me ao mesmo tempo sentimentos de alegria e tristeza. Penso que talvez seja por ele ter o nome que tem e por perceber que o meu pai nunca o poderá conhecer nem ele o avô! Acho que foi ter consciência desta realidade que me fez ter a dualidade de sentimentos. Bem, mas o certo é que agora já não sofro desse problema. Mas foi complicado fugir às perguntas, quando me viam triste e eu incapaz de dizer qual o verdadeiro motivo! Enfim, já passou!
Agora, há que comtemplar esta vida que nasceu e que faz as delicias de toda a familia! Ah, pois é! Porque ele é um puto lindo e que apetece dar muitos beijinhos!
Ainda para mais nasceu no dia de anos de uma pessoa muito especial!
Fico a pensar à quanto tempo a conheço e já lá vão uns bons anitos, para ai uns 13 anos! É mesmo muito tempo!!! Nem sempre tive com ela uma relação de amizade, digamos que isso aconteceu mais de há uns 10 anos a esta parte! Às vezes olhamos as pessoas e não procuramos conhece-las no seu intimo. Creio que foi isso que sucedeu durante 3 anos! Apenas a via, mas não a conhecia!
Há quase uma semana ela disse que ia para uma das nossas ilhas dar aulas.
Fiquei feliz, porque é o que ela gosta de fazer, mas cá dentro entrou uma tristeza tão grande, que as lágrimas queriam saltar cá para fora! Não deixei! Mas só de imaginar que ela se vai embora, dá-me vontade de chorar! Sei que ela vai estar bem, mas há tanta coisa que também se vai embora. Tanta coisa que deixa de acontecer se ela cá não estiver! E depois como vai ser!?
As lágrimas já tomam conta de mim, correm-me em fio pela face...
Com quem vou partilhar as pequenas e as grandes coisas!? Quem me vai acompanhar nas saidas e nas idas?! Quem me vai dar aquele abraço?!...
Nós não precisamos de falar muito, de passar horas ao telefone, de nos vermos todas as semanas.
É certo que não precisamos, mas sabemos que em qualquer altura basta sentirmos estamos ali!
Não precisamos de dizer muitas palavras, basta dizermos aquela!
Mas sabe-la tão longe, é como me faltar uma parte de mim, porque nós quase que funcionamos por telepatia!
Não quero sequer sonhar que esse dia possa estar breve, porque acho que vão haver muitas lagrimas a correr...
Enfim, há que viver um dia de cada vez e aproveitar cada momento que ela ainda aqui está!!!
Gosti!!! Nunca te esqueças disso!!!
Vou terminar, se não a choradeira não pára...
Até breve.



sábado, 12 de junho de 2010

Ás vezes apetece-me chorar! Simplesmente chorar, sem qualquer razão aparente, chorar apenas!
Podem perguntar-me porquê, se aparentemente, tenho tudo o que preciso para ser feliz!
Mas será que efectivamente tenho?!
Pois bem, talvez essa não seja assim uma verdade tão verdade...
Sinto, que existe algo que me falta... Algo maior, algo mais que não sei expressar o que é...
Podem dizer, porém, que pode ser pela ansiedade do nascimento do meu sobrinho... Mas eu acho que não.
Sinto falta do abraço daquele amigo, da alegria daquela amiga, da partilha com aqueles amigos...
Perco-me a olhar para as fotografias de amigos presentes em algumas redes sociais e pergunto-me onde estou eu?!
É certo, que não sou muito dada a grandes noitadas e passeios, sou o que se costuma dizer muito caseira... mas sinto falta de poder partilhar as alegrias e as tristezas com aquelas pessoas... Não são outras quaisquer, são aquelas mesmo! Olho para as relações dos que estão à minha volta e pergunto-me onde me incluo?!
Bem, eu acho que não me consigo encaixar em lado algum...
Ah! Isso é porque te isolas e porque tens sempre mil e uma coisas para fazer...
Bem, até é possivel que seja verdade... Ando sempre envolvida em muitas coisas, mas às vezes não custava nada perguntar se podes fazer algo...
Se estou a ser egoista?! Talvez esteja a ser!!! Mas não o posso ser pelo menos uma vez?!
Aqui há tempo perguntaram-me do que tinha ciumes.
Respondo o que respondi na altura: tenho ciumes dos meus amigos! Às vezes queria-os só para mim!!!
São as pessoas com quem menos tempo estou! São aquelas pessoas que eu sinto que mais fogem de pé de mim... Eu não preciso deles sempre só para mim, mas às vezes queria que estivessem só comigo!!!
Estou a escrever e as lagrimas a correm pela minha face...
Limpo-as, não quero que elas aqui estejam...
Quero apenas sentir aquele abraço de AMIZADE!!!
Paro de escrever por agora... já estou bem mais aliviada...
Até sempre!


terça-feira, 6 de abril de 2010

Solenidade da Páscoa da Ressurreição do Senhor

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João


No primeiro dia da semana,
Maria Madalena foi de manhãzinha, ainda escuro, ao sepulcro
e viu a pedra retirada do sepulcro.
Correu então e foi ter com Simão Pedro
e com o discípulo predilecto de Jesus
e disse-lhes:
«Levaram o Senhor do sepulcro
e não sabemos onde O puseram».
Pedro partiu com o outro discípulo
e foram ambos ao sepulcro.
Corriam os dois juntos,
mas o outro discípulo antecipou-se,
correndo mais depressa do que Pedro,
e chegou primeiro ao sepulcro.
Debruçando-se, viu as ligaduras no chão, mas não entrou.
Entretanto, chegou também Simão Pedro, que o seguira.
Entrou no sepulcro
e viu as ligaduras no chão
e o sudário que tinha estado sobre a cabeça de Jesus,
não com as ligaduras, mas enrolado à parte.
Entrou também o outro discípulo
que chegara primeiro ao sepulcro:
viu e acreditou.
Na verdade, ainda não tinham entendido a Escritura,
segundo a qual Jesus devia ressuscitar dos mortos.

Jo 20,1-9
Fonte: http://www.ecclesia.pt/cgi-bin/comentario.pl?id=429

Vigilia Pascal na Noite Santa

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas

No primeiro dia da semana, ao romper da manhã, as mulheres que tinham vindo com Jesus da Galileia foram ao sepulcro, levando os perfumes que tinham preparado. Encontraram a pedra do sepulcro removida e, ao entrarem, não acharam o corpo do Senhor Jesus. Estando elas perplexas com o sucedido, apareceram-lhes dois homens com vestes resplandecentes. Ficaram amedrontadas e inclinaram o rosto para o chão, enquanto eles lhes diziam: «Porque buscais entre os mortos Aquele que está vivo? Não está aqui: ressuscitou. Lembrai-vos como Ele vos falou, quando ainda estava na Galileia: ‘O Filho do homem tem de ser entregue às mãos dos pecadores, tem de ser crucificado e ressuscitar ao terceiro dia’». Elas lembraram-se então das palavras de Jesus. Voltando do sepulcro, foram contar tudo isto aos Onze, bem como a todos os outros. Eram Maria Madalena, Joana e Maria, mãe de Tiago. Também as outras mulheres que estavam com elas diziam isto aos Apóstolos. Mas tais palavras pareciam-lhes um desvario e não acreditaram nelas. Entretanto, Pedro pôs-se a caminho e correu ao sepulcro. Debruçando-se, viu apenas as ligaduras e voltou para casa admirado com o que tinha sucedido.


Lc. 24, 1-12
Fonte: http://www.portal.ecclesia.pt/ecclesiaout/liturgia/liturgia_site/lit_dia/ano_c/ld_anoc_ver.asp?cod_ano_c=25

Sexta-feira da Paixão do Senhor

N Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
    Naquele tempo,
    Jesus saiu com os seus discípulos
    para o outro lado da torrente do Cedron.
    Havia lá um jardim, onde Ele entrou com os seus discípulos.
    Judas, que O ia entregar, conhecia também o local,
    porque Jesus Se reunira lá muitas vezes
    com os discípulos.
    Tomando consigo uma companhia de soldados
    e alguns guardas,
    enviados pelos príncipes dos sacerdotes e pelos fariseus,
    Judas chegou ali, com archotes, lanternas e armas.
    Sabendo Jesus tudo o que Lhe ia acontecer,
    adiantou-Se e perguntou-lhes:
J «A quem buscais?».
N Eles responderam-Lhe:
R «A Jesus, o Nazareno».
N Jesus disse-lhes:
J «Sou Eu».
N Judas, que O ia entregar, também estava com eles.
    Quando Jesus lhes disse: «Sou Eu»,
    recuaram e caíram por terra.
    Jesus perguntou-lhes novamente:
J «A quem buscais?».
N Eles responderam:
R «A Jesus, o Nazareno».
N Disse-lhes Jesus:
J «Já vos disse que sou Eu.
    Por isso, se é a Mim que buscais,
    deixai que estes se retirem».
N Assim se cumpriam as palavras que Ele tinha dito:
   «Daqueles que Me deste, não perdi nenhum».
    Então, Simão Pedro, que tinha uma espada,
    desembainhou-a e feriu um servo do sumo sacerdote,
    cortando-lhe a orelha direita.
    O servo chamava-se Malco. Mas Jesus disse a Pedro:
J «Mete a tua espada na bainha.
     Não hei-de beber o cálice que meu Pai Me deu?».
N Então, a companhia de soldados,
    o oficial e os guardas dos judeus
    apoderaram-se de Jesus e manietaram-n’O.
    Levaram-n’O primeiro a Anás,
    por ser sogro de Caifás,
    que era o sumo sacerdote nesse ano.
    Caifás é que tinha dado o seguinte conselho aos judeus:
  «Convém que morra um só homem pelo povo».
    Entretanto, Simão Pedro seguia Jesus
    com outro discípulo.
    Esse discípulo era conhecido do sumo sacerdote
    e entrou com Jesus no pátio do sumo sacerdote,
    enquanto Pedro ficava à porta, do lado de fora.
    Então o outro discípulo, conhecido do sumo sacerdote,
    falou à porteira e levou Pedro para dentro.
    A porteira disse a Pedro:
R «Tu não és dos discípulos desse homem?».
N Ele respondeu:
R «Não sou».
N Estavam ali presentes os servos e os guardas,
    que, por causa do frio, tinham acendido um braseiro
    e se aqueciam.
    Pedro também se encontrava com eles a aquecer-se.
    Entretanto, o sumo sacerdote interrogou Jesus
    acerca dos seus discípulos e da sua doutrina.
    Jesus respondeu-lhe:
J «Falei abertamente ao mundo.
    Sempre ensinei na sinagoga e no templo,
    onde todos os judeus se reúnem,
    e não disse nada em segredo.
    Porque Me interrogas?
    Pergunta aos que Me ouviram o que lhes disse:
    eles bem sabem aquilo de que lhes falei».
N A estas palavras, um dos guardas que estava ali presente
    deu uma bofetada a Jesus e disse-Lhe:
R «É assim que respondes ao sumo sacerdote?».
N Jesus respondeu-lhe:
J «Se falei mal, mostra-Me em quê.
    Mas, se falei bem, porque Me bates?».
N Então Anás mandou Jesus manietado
    ao sumo sacerdote Caifás.
    Simão Pedro continuava ali a aquecer-se.
    Disseram-lhe então:
R «Tu não és também um dos seus discípulos?».
N Ele negou, dizendo:
R «Não sou».
N Replicou um dos servos do sumo sacerdote,
    parente daquele a quem Pedro cortara a orelha:
R «Então eu não te vi com Ele no jardim?».
N Pedro negou novamente,
    e logo um galo cantou.
    Depois, levaram Jesus da residência de Caifás ao Pretório.
    Era de manhã cedo. Eles não entraram no pretório, para
    não se contaminarem e assim poderem comer a Páscoa.
    Pilatos veio cá fora ter com eles e perguntou-lhes:
R «Que acusação trazeis contra este homem?».
N Eles responderam-lhe:
R «Se não fosse malfeitor, não t’O entregávamos».
N Disse-lhes Pilatos:
R «Tomai-O vós próprios, e julgai-O segundo a vossa lei».
N Os judeus responderam:
R «Não nos é permitido dar a morte a ninguém».
N Assim se cumpriam as palavras que Jesus tinha dito,
    ao indicar de que morte ia morrer.
    Entretanto, Pilatos entrou novamente no pretório,
    chamou Jesus e perguntou-Lhe:
R «Tu és o Rei dos judeus?».
N Jesus respondeu-lhe:
J «É por ti que o dizes,
    ou foram outros que to disseram de Mim?».

N Disse-Lhe Pilatos:
R «Porventura sou eu judeu?
    O teu povo e os sumos sacerdotes
    é que Te entregaram a Mim.
    Que fizeste?».
N Jesus respondeu:
J «O meu reino não é deste mundo.
    Se o meu reino fosse deste mundo,
    os meus guardas lutariam
    para que Eu não fosse entregue aos judeus.
    Mas o meu reino não é daqui».
N Disse-Lhe Pilatos:
R «Então, Tu és Rei?».
N Jesus respondeu-lhe:
J «É como dizes: sou Rei.
    Para isso nasci e vim ao mundo,
    a fim de dar testemunho da verdade.
   Todo aquele que é da verdade escuta a minha voz».
N Disse-Lhe Pilatos:
R «Que é a verdade?».
N Dito isto, saiu novamente para fora e declarou aos judeus:
R «Não encontro neste homem culpa nenhuma.
     Mas vós estais habituados
     a que eu vos solte alguém pela Páscoa.
     Quereis que vos solte o Rei dos judeus?».
N Eles gritaram de novo:
R «Esse não. Antes Barrabás».
N Barrabás era um salteador.
    Então Pilatos mandou que levassem Jesus
    e O açoitassem.
    Os soldados teceram uma coroa de espinhos,
    colocaram-Lha na cabeça
    e envolveram Jesus num manto de púrpura.
    Depois aproximavam-se d’Ele e diziam:
R «Salve, Rei dos judeus».


N E davam-Lhe bofetadas.
    Pilatos saiu novamente para fora e disse:
R «Eu vo-l’O trago aqui fora,
     para saberdes que não encontro n’Ele culpa nenhuma».

N Jesus saiu,
    trazendo a coroa de espinhos e o manto de púrpura.
    Pilatos disse-lhes:
R «Eis o homem».
N Quando viram Jesus,
    os príncipes dos sacerdotes e os guardas gritaram:
R «Crucifica-O! Crucifica-O!».
N Disse-lhes Pilatos:
R «Tomai-O vós mesmos e crucificai-O,
     que eu não encontro n’Ele culpa alguma».
N Responderam-lhe os judeus:
R «Nós temos uma lei
    e, segundo a nossa lei, deve morrer,
    porque Se fez Filho de Deus».
N Quando Pilatos ouviu estas palavras, ficou assustado.
    Voltou a entrar no pretório e perguntou a Jesus:
R «Donde és Tu?».
N Mas Jesus não lhe deu resposta.
    Disse-Lhe então Pilatos:
R «Não me falas? Não sabes que tenho poder
     para Te soltar e para Te crucificar?».
N Jesus respondeu-lhe:
J «Nenhum poder terias sobre Mim,
    se não te fosse dado do alto.
    Por isso, quem Me entregou a ti tem maior pecado».
N A partir de então, Pilatos procurava libertar Jesus.
    Mas os judeus gritavam:
R «Se O libertares, não és amigo de César:
     todo aquele que se faz rei é contra César».
N Ao ouvir estas palavras,
    Pilatos trouxe Jesus para fora
    e sentou-se no tribunal,
    no lugar chamado «Lagedo», em hebraico «Gabatá».
   Era a Preparação da Páscoa, por volta do meio-dia.
   Disse então aos judeus:
R «Eis o vosso Rei!».
N Mas eles gritaram:
R «À morte, à morte! Crucifica-O!».

N Disse-lhes Pilatos:
R «Hei-de crucificar o vosso Rei?».
N Replicaram-lhe os príncipes dos sacerdotes:
R «Não temos outro rei senão César».
N Entregou-lhes então Jesus, para ser crucificado.
    E eles apoderaram-se de Jesus.
    Levando a cruz,
   Jesus saiu para o chamado Lugar do Calvário,
   que em hebraico se diz Gólgota.
   Ali O crucificaram, e com Ele mais dois:
   um de cada lado e Jesus no meio.
   Pilatos escreveu ainda um letreiro
   e colocou-o no alto da cruz; nele estava escrito:
  «Jesus, o Nazareno, Rei dos judeus».
   Muitos judeus leram esse letreiro,
   porque o lugar onde Jesus tinha sido crucificado
   era perto da cidade.
   Estava escrito em hebraico, grego e latim.
   Diziam então a Pilatos
   os príncipes dos sacerdotes dos judeus:
R «Não escrevas: ‘Rei dos judeus’,
   mas que Ele afirmou: ‘Eu sou o Rei dos judeus’».
N Pilatos retorquiu:
R «O que escrevi está escrito».
N Quando crucificaram Jesus,
     os soldados tomaram as suas vestes,
     das quais fizeram quatro lotes, um para cada soldado,
     e ficaram também com a túnica.
     A túnica não tinha costura:
    era tecida de alto a baixo como um todo.
    Disseram uns aos outros:
R «Não a rasguemos, mas lancemos sortes,
     para ver de quem será».
N Assim se cumpria a Escritura:
   «Repartiram entre si as minhas vestes
    e deitaram sortes sobre a minha túnica».
    Foi o que fizeram os soldados.
    Estavam junto à cruz de Jesus
    sua Mãe, a irmã de sua Mãe,
    Maria, mulher de Cléofas, e Maria Madalena.
    Ao ver sua Mãe e o discípulo predilecto,
    Jesus disse a sua Mãe:
J «Mulher, eis o teu filho».

N Depois disse ao discípulo:
J «Eis a tua Mãe».
N E a partir daquela hora,
    o discípulo recebeu-a em sua casa.
    Depois, sabendo que tudo estava consumado
    e para que se cumprisse a Escritura,
    Jesus disse:
J «Tenho sede».
N Estava ali um vaso cheio de vinagre.
    Prenderam a uma vara uma esponja embebida em vinagre
    e levaram-Lha à boca.
    Quando Jesus tomou o vinagre, exclamou:
J «Tudo está consumado».
N E, inclinando a cabeça, expirou.
N Por ser a Preparação, e para que os corpos
    não ficassem na cruz durante o sábado,
   – era um grande dia aquele sábado –
   os judeus pediram a Pilatos
   que se lhes quebrassem as pernas e fossem retirados.
   Os soldados vieram e quebraram as pernas ao primeiro,
   depois ao outro que tinha sido crucificado com ele.
   Ao chegarem a Jesus, vendo-O já morto,
   não Lhe quebraram as pernas,

   mas um dos soldados
   trespassou-Lhe o lado com uma lança,
   e logo saiu sangue e água.
   Aquele que viu é que dá testemunho
   e o seu testemunho é verdadeiro.
   Ele sabe que diz a verdade,
   para que também vós acrediteis.
  Assim aconteceu para se cumprir a Escritura, que diz:
  «Nenhum osso Lhe será quebrado».
  Diz ainda outra passagem da Escritura:
  «Hão-de olhar para Aquele que trespassaram».
  Depois disto, José de Arimateia,
  que era discípulo de Jesus,
  embora oculto por medo dos judeus,
  pediu licença a Pilatos para levar o corpo de Jesus.
  Pilatos permitiu-lho.
  José veio então tirar o corpo de Jesus.
  Veio também Nicodemos,
  aquele que, antes, tinha ido de noite ao encontro de Jesus.
  Trazia uma mistura de quase cem libras de mirra e aloés.
  Tomaram o corpo de Jesus
  e envolveram-no em ligaduras juntamente com os perfumes,
  como é costume sepultar entre os judeus.
  No local em que Jesus tinha sido crucificado,
  havia um jardim e, no jardim, um sepulcro novo,
  no qual ainda ninguém fora sepultado.
  Foi aí que, por causa da Preparação dos judeus,
  porque o sepulcro ficava perto,
  depositaram Jesus.

Jo 18, 1 __ 19, 42
Fonte: http://www.portal.ecclesia.pt/ecclesiaout/liturgia/liturgia_site/lit_dia/ano_c/ld_anoc_ver.asp?cod_ano_c=24

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Missa Vespertina da Ceia do Senhor (Quinta-feira Santa à tarde)

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João



Antes da festa da Páscoa, sabendo Jesus que chegara a sua hora de passar deste mundo para o Pai, Ele, que amara os seus que estavam no mundo, amou-os até ao fim. No decorrer da ceia, tendo já o Demónio metido no coração de Judas Iscariotes, filho de Simão, a ideia de O entregar, Jesus, sabendo que o Pai Lhe tinha dado toda a autoridade, sabendo que saíra de Deus e para Deus voltava, levantou-Se da mesa, tirou o manto e tomou uma toalha, que pôs à cintura. Depois, deitou água numa bacia e começou a lavar os pés aos discípulos e a enxugá-los com a toalha que pusera à cintura. Quando chegou a Simão Pedro, este disse-Lhe: «Senhor, Tu vais lavar-me os pés?». Jesus respondeu: «O que estou a fazer, não o podes entender agora, mas compreendê-lo-ás mais tarde». Pedro insistiu: «Nunca consentirei que me laves os pés». Jesus respondeu-lhe: «Se não tos lavar, não terás parte comigo». Simão Pedro replicou: «Senhor, então não somente os pés, mas também as mãos e a cabeça». Jesus respondeu-lhe: «Aquele que já tomou banho está limpo e não precisa de lavar senão os pés. Vós estais limpos, mas não todos». Jesus bem sabia quem O havia de entregar. Foi por isso que acrescentou: «Nem todos estais limpos». Depois de lhes lavar os pés, Jesus tomou o manto e pôs-Se de novo à mesa. Então disse-lhes: «Compreendeis o que vos fiz? Vós chamais-Me Mestre e Senhor, e dizeis bem, porque o sou. Se Eu, que sou Mestre e Senhor, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns aos outros. Dei-vos o exemplo, para que, assim como Eu fiz, vós façais também».

Jo 13, 1-15
Fonte: http://www.portal.ecclesia.pt/ecclesiaout/liturgia/liturgia_site/lit_dia/ano_c/ld_anoc_ver.asp?cod_ano_c=23

segunda-feira, 29 de março de 2010

Domingo de Ramos (VI Domingo da Quaresma)

N Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas

N Quando chegou a hora,
    Jesus sentou-Se à mesa com os seus Apóstolos
    e disse-lhes:
J «Tenho desejado ardentemente comer convosco esta Páscoa,
    antes de padecer;
    pois digo-vos que não tornarei a comê-la,
    até que se realize plenamente no reino de Deus».
N Então, tomando um cálice, deu graças e disse:
J «Tomai e reparti entre vós,
    pois digo-vos que não tornarei a beber do fruto da videira,
    até que venha o reino de Deus».
N Depois tomou o pão e, dando graças,
    partiu-o e deu-lho, dizendo:
J «Isto é o meu corpo entregue por vós.
    Fazei isto em memória de Mim».
N No fim da ceia, fez o mesmo com o cálice, dizendo:
J «Este cálice é a nova aliança no meu Sangue,
    derramado por vós.
    Entretanto, está comigo à mesa
    a mão daquele que Me vai entregar.
    O Filho do homem vai partir, como está determinado.
    Mas ai daquele por quem Ele vai ser entregue!»
N Começaram então a perguntar uns aos outros
    qual deles iria fazer semelhante coisa.
    Levantou-se também entre eles uma questão:
    qual deles se devia considerar o maior?
    Disse-lhes Jesus:
J «Os reis da nações exercem domínio sobre elas
    e os que têm sobre elas autoridade são chamados malfeitores.
    Vós não deveis proceder desse modo.
    O maior entre vós seja como o menor
    e aquele que manda seja como quem serve.
    Pois quem é o maior: o que está à mesa ou o que serve?
    Não é o que está à mesa?
    Ora Eu estou no meio de vós como aquele que serve.
    Vós estivestes sempre comigo nas minhas provações.
    E Eu preparo para vós um reino,
    como meu Pai o preparou para Mim:
    comereis e bebereis à minha mesa, no meu reino,
    e sentar-vos-eis em tronos,
    a julgar as doze tribos de Israel.
    Simão, Simão, Satanás vos reclamou
    para vos agitar na joeira como trigo.
    Mas Eu roguei por ti, para que a tua fé não desfaleça.
    E tu, uma vez convertido, fortalece os teus irmãos».
N Pedro respondeu-Lhe:
R «Senhor, eu estou pronto a ir contigo,
    até para a prisão e para a morte».
N Disse-lhe Jesus:
J «Eu te digo, Pedro: não cantará hoje o galo,
    sem que tu, por três vezes, negues conhecer-Me».
N Depois acrescentou:
J «Quando vos enviei sem bolsa nem alforge nem sandálias,
    faltou-vos alguma coisa?».
N Eles responderam que não lhes faltara nada.
    Disse-lhes Jesus:
J «Mas agora, quem tiver uma bolsa pegue nela,
    bem como no alforge;
    e quem não tiver espada venda a capa e compre uma.
    Porque Eu vos digo
    que se deve cumprir em Mim o que está escrito:
   ‘Foi contado entre os malfeitores’.
    Na verdade, o que Me diz respeito está a chegar ao fim».
N Eles disseram:
R «Senhor, estão aqui duas espadas».
N Mas Jesus respondeu:
J «Basta».

N Então saiu
    e foi, como de costume, para o Monte das Oliveiras
    e os discípulos acompanharam-n’O.
    Quando chegou ao local, disse-lhes:
J «Orai, para não entrardes em tentação».
N Depois afastou-Se deles cerca de um tiro de pedra
    e, pondo-Se de joelhos, começou a orar, dizendo:
J «Pai, se quiseres, afasta de Mim este cálice.
    Todavia, não se faça a minha vontade, mas a tua».
N Então apareceu-Lhe um Anjo, vindo do Céu, para O confortar.
    Entrando em angústia, orava mais instantemente
    e o suor tornou-se-Lhe como grossas gotas de sangue,
    que caíam na terra.
    Depois de ter orado,
    levantou-Se e foi ter com os discípulos,
    que encontrou a dormir, por causa da tristeza.
    Disse-lhes Jesus:
J «Porque estais a dormir?
    Levantai-vos e orai, para não entrardes em tentação».

N Ainda Ele estava a falar,
    quando apareceu uma multidão de gente.
    O chamado Judas, um dos Doze, vinha à sua frente
    e aproximou-se de Jesus, para O beijar.
    Disse-lhe Jesus:
J «Judas, é com um beijo que entregas o Filho do homem?»
N Ao verem o que ia suceder,
    os que estavam com Jesus perguntaram-Lhe:
R «Senhor, vamos feri-los à espada?»
N E um deles feriu o servo do sumo sacerdote,
    cortando-lhe a orelha direita.
    Mas Jesus interveio, dizendo:
J «Basta! Deixai-os».
N E, tocando na orelha do homem, curou-o.
    Disse então Jesus aos que tinham vindo ao seu encontro,
    príncipes dos sacerdotes, oficiais do templo e anciãos:
J «Vós saístes com espadas e varapaus,
    como se viésseis ao encontro dum salteador.
    Eu estava todos os dias convosco no templo
    e não Me deitastes as mãos.
    Mas esta é a vossa hora e o poder das trevas.
N Apoderaram-se então de Jesus,
    levaram-n’O e introduziram-n’O em casa do sumo sacerdote.
    Pedro seguia-os de longe.
    Acenderam uma fogueira no meio do pátio,
    sentaram-se em volta dela
    e Pedro foi sentar-se no meio deles.
    Ao vê-lo sentado ao lume,
    uma criada, fitando os olhos nele, disse:
R «Este homem também andava com Jesus».
N Mas Pedro negou:
R «Não O conheço, mulher».
N Pouco depois, disse outro, ao vê-lo:
R «Tu também és um deles».
N Mas Pedro disse:
R «Homem, não sou».
N Passada mais ou menos uma hora,
    afirmava outro com insistência:
R «Esse homem, com certeza, também andava com Jesus,
    pois até é galileu».
N Pedro respondeu:
R «Homem, não sei o que dizes».
N Nesse instante – ainda ele falava – um galo cantou.
    O Senhor voltou-Se e fitou os olhos em Pedro.
    Então Pedro lembrou-se da palavra do Senhor,
    quando lhe disse:
    ‘Antes do galo cantar, Me negarás três vezes’.
    E, saindo para fora, chorou amargamente.
    Entretanto, os homens que guardavam Jesus
    troçavam d’Ele e maltratavam-n’O.
    Cobrindo-Lhe o rosto, perguntavam-Lhe:
R «Adivinha, profeta: Quem te bateu?»
N E dirigiam-Lhe muitos outros insultos.
    Ao romper do dia,
    reuniu-se o conselho dos anciãos do povo,
    os príncipes dos sacerdotes e os escribas.
    Levaram-n’O ao seu tribunal e disseram-Lhe:
R «Diz-nos se Tu és o Messias».
N Jesus respondeu-lhes:
J «Se Eu vos disser, não acreditareis
    e, se fizer alguma pergunta, não respondereis.
    Mas o Filho do homem sentar-Se-á doravante
    à direita do poder de Deus».
N Disseram todos:
R «Tu és então o Filho de Deus?»
N Jesus respondeu-lhes:
J «Vós mesmos dizeis que Eu sou».
N Então exclamaram:
R «Que necessidade temos ainda de testemunhas?
    Nós próprios o ouvimos da sua boca».
N Levantaram-se todos e levaram Jesus a Pilatos.

N Começaram a acusá-l’O, dizendo:
R «Encontrámos este homem a sublevar o nosso povo,
    a impedir que se pagasse o tributo a César
    e dizendo ser o Messias-Rei».
N Pilatos perguntou-Lhe:
R «Tu és o Rei dos judeus?»
N Jesus respondeu-lhe:
J «Tu o dizes».
N Pilatos disse aos príncipes dos sacerdotes e à multidão:
R «Não encontro nada de culpável neste homem».
N Mas eles insistiam:
R «Amotina o povo, ensinando por toda a Judeia,
    desde a Galileia, onde começou, até aqui».

N Ao ouvir isto, Pilatos perguntou se o homem era galileu;
    e, ao saber que era da jurisdição de Herodes,
    enviou-O a Herodes,
    que também estava nesses dias em Jerusalém.
    Ao ver Jesus, Herodes ficou muito satisfeito.
    Havia bastante tempo que O queria ver,
    pelo que ouvia dizer d’Ele,
    e esperava que fizesse algum milagre na sua presença.
    Fez-Lhe muitas perguntas, mas Ele nada respondeu.
    Os príncipes dos sacerdotes e os escribas que lá estavam
    acusavam-n’O com insistência.
    Herodes, com os seus oficiais, tratou-O com desprezo
    e, por troça, mandou-O cobrir com um manto magnífico
    e remeteu-O a Pilatos.
    Herodes e Pilatos, que eram inimigos,
    ficaram amigos nesse dia.
    Pilatos convocou os príncipes dos sacerdotes,
    os chefes e o povo, e disse-lhes:
R «Trouxestes este homem à minha presença
    como agitador do povo.
    Interroguei-O diante de vós
    e não encontrei n’Ele nenhum dos crimes de que O acusais.
    Herodes também não, uma vez que no-l’O mandou de novo.
    Como vedes, não praticou nada que mereça a morte.
    Vou, portanto, soltá-l’O, depois de O mandar castigar».
N Pilatos tinha obrigação de lhes soltar um preso
    por ocasião da festa.
    E todos se puseram a gritar:
R «Mata Esse e solta-nos Barrabás».
N Barrabás tinha sido metido na cadeia
    por causa de uma insurreição desencadeada na cidade
   e por assassínio.
   De novo Pilatos lhes dirigiu a palavra,
   querendo libertar Jesus.
    Mas eles gritavam:
R «Crucifica-O! Crucifica-O!»
N Pilatos falou-lhes pela terceira vez:
R Mas que mal fez este homem?
    Não encontrei n’Ele nenhum motivo de morte.
    Por isso vou soltá-l’O, depois de O mandar castigar».
N Mas eles continuavam a gritar,
    pedindo que fosse crucificado,
    e os seus clamores aumentavam de violência.
    Então Pilatos decidiu fazer o que eles pediam:
    soltou aquele que fora metido na cadeia
    por insurreição e assassínio,
    como eles reclamavam,
    e entregou-lhes Jesus para o que eles queriam.

N Quando o conduziam,
    lançaram mão de um certo Simão de Cirene,
    que vinha do campo,
    e puseram-lhe a cruz às costas,
    para a levar atrás de Jesus.
    Seguia-O grande multidão de povo
    e mulheres que batiam no peito
    e se lamentavam, chorando por Ele.
    Mas Jesus voltou-Se para elas e disse-lhes:
J «Filhas de Jerusalém, não choreis por Mim;
    chorai antes por vós mesmas e pelos vossos filhos;
    pois dias virão em que se dirá:
    ‘Felizes as estéreis, os ventres que não geraram
    e os peitos que não amamentaram’.
    Começarão a dizer aos montes: ‘Caí sobre nós’;
    e às colinas: ‘Cobri-nos’.
    Porque, se tratam assim a madeira verde,
    que acontecerá à seca?».

N Levavam ainda dois malfeitores
    para serem executados com Jesus.
    Quando chegaram ao lugar chamado Calvário,
    crucificaram-n’O a Ele e aos malfeitores,
    um à direita e outro à esquerda.
    Jesus dizia:
J «Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem».
N Depois deitaram sortes,
    para repartirem entre si as vestes de Jesus.
    O povo permanecia ali a observar.
    Por sua vez, os chefes zombavam e diziam:
R «Salvou os outros: salve-Se a Si mesmo,
    se é o Messias de Deus, o Eleito».
N Também os soldados troçavam d’Ele;
    aproximando-se para Lhe oferecerem vinagre, diziam:
R «Se és o Rei dos judeus, salva-Te a Ti mesmo».
N Por cima d’Ele havia um letreiro:
    «Este é o rei dos judeus».
    Entretanto, um dos malfeitores que tinham sido crucificados
    insultava-O, dizendo:
R «Não és Tu o Messias?
    Salva-Te a Ti mesmo e a nós também».
N Mas o outro, tomando a palavra, repreendeu-o:
R «Não temes a Deus,
    tu que sofres o mesmo suplício?
    Quanto a nós, fez-se justiça,
    pois recebemos o castigo das nossas más acções.
    Mas Ele nada praticou de condenável».
N E acrescentou:
R «Jesus, lembra-Te de mim,
    quando vieres com a tua realeza».
N Jesus respondeu-lhe:
J «Em verdade te digo: Hoje estarás comigo no Paraíso».
N Era já quase meio-dia,
    quando as trevas cobriram toda a terra,
    até às três horas da tarde,
    porque o sol se tinha eclipsado.
    O véu do templo rasgou-se ao meio.
    E Jesus exclamou com voz forte:
J «Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito».
N Dito isto, expirou.

N Vendo o que sucedera,
    o centurião deu glória a Deus, dizendo:
R «Realmente este homem era justo».
N E toda a multidão que tinha assistido àquele espectáculo,
    ao ver o que se passava, regressava batendo no peito.
    Todos os conhecidos de Jesus,
    bem como as mulheres que O acompanhavam
    desde a Galileia,
    mantinham-se à distância, observando estas coisas.

N Havia um homem chamado José, da cidade de Arimateia,
    que era pessoa recta e justa e esperava o reino de Deus.
    Era membro do Sinédrio, mas não tinha concordado
    com a decisão e o proceder dos outros.
    Foi ter com Pilatos e pediu-lhe o corpo de Jesus.
    E depois de o ter descido da cruz,
    envolveu-o num lençol
    e depositou-o num sepulcro escavado na rocha,
    onde ninguém ainda tinha sido sepultado.
    Era o dia da Preparação
    e começavam a aparecer as luzes do sábado.
    Entretanto,
    as mulheres que tinham vindo com Jesus da Galileia
    acompanharam José e observaram o sepulcro
    e a maneira como fora depositado o corpo de Jesus.
    No regresso, prepararam aromas e perfumes.
    E no sábado guardaram o descanso, conforme o preceito.

Lc 22,14-23,56 (forma longa) ou Lc 23,1-49 (forma breve)
Fonte: http://www.ecclesia.pt/cgi-bin/comentario.pl?id=428

segunda-feira, 22 de março de 2010

V Domingo da Quaresma

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João

Naquele tempo,
Jesus foi para o Monte das Oliveiras.
Mas de manhã cedo, apareceu outra vez no templo,
e todo o povo se aproximou d’Ele.
Então sentou-Se e começou a ensinar.
Os escribas e os fariseus apresentaram a Jesus
uma mulher surpreendida em adultério,
colocaram-na no meio dos presentes e disseram a Jesus:
«Mestre, esta mulher foi surpreendida em flagrante adultério.
Na Lei, Moisés mandou-nos apedrejar tais mulheres.
Tu que dizes?».
Falavam assim para Lhe armarem uma cilada
e terem pretexto para O acusar.
Mas Jesus inclinou-Se
e começou a escrever com o dedo no chão.
Como persistiam em interrogá-l’O,
ergueu-Se e disse-lhes:
«Quem de entre vós estiver sem pecado
atire a primeira pedra».
Inclinou-Se novamente e continuou a escrever no chão.
Eles, porém, quando ouviram tais palavras,
foram saindo um após outro, a começar pelos mais velhos,
e ficou só Jesus e a mulher, que estava no meio.
Jesus ergueu-Se e disse-lhe:
«Mulher, onde estão eles? Ninguém te condenou?».
Ela respondeu:
«Ninguém, Senhor».
Disse então Jesus:
«Nem Eu te condeno.
Vai e não tornes a pecar».

Jo 8,1-11
Fonte: http://www.ecclesia.pt/cgi-bin/comentario.pl?id=427

quarta-feira, 17 de março de 2010

IV Domingo da Quaresma

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas


Naquele tempo,
os publicanos e os pecadores
aproximavam-se todos de Jesus, para O ouvirem.
Mas os fariseus e os escribas murmuravam entre si, dizendo:
«Este homem acolhe os pecadores e come com eles».
Jesus disse-lhes então a seguinte parábola:
«Um homem tinha dois filhos.
O mais novo disse ao pai:
‘Pai, dá-me a parte da herança que me toca’.
O pai repartiu os bens pelos filhos.
Alguns dias depois, o filho mais novo,
juntando todos os seus haveres, partiu para um país distante
e por lá esbanjou quanto possuía,
numa vida dissoluta.
Tendo gasto tudo,
houve uma grande fome naquela região
e ele começou a passar privações.
Entrou então ao serviço de um dos habitantes daquela terra,
que o mandou para os seus campos guardar porcos.
Bem desejava ele matar a fome
com as alfarrobas que os porcos comiam,
mas ninguém lhas dava.
Então, caindo em si, disse:
‘Quantos trabalhadores de meu pai têm pão em abundância,
e eu aqui a morrer de fome!
Vou-me embora, vou ter com meu pai e dizer-lhe:
Pai, pequei contra o Céu e contra ti.
Já não mereço ser chamado teu filho,
mas trata-me como um dos teus trabalhadores’.
Pôs-se a caminho e foi ter com o pai.
Ainda ele estava longe, quando o pai o viu:
encheu-se de compaixão
e correu a lançar-se-lhe ao pescoço, cobrindo-o de beijos.
Disse-lhe o filho:
‘Pai, pequei contra o Céu e contra ti.
Já não mereço ser chamado teu filho’.
Mas o pai disse aos servos:
‘Trazei depressa a melhor túnica e vesti-lha.
Ponde-lhe um anel no dedo e sandálias nos pés.
Trazei o vitelo gordo e matai-o.
Comamos e festejemos,
porque este meu filho estava morto e voltou à vida,
estava perdido e foi reencontrado’.
E começou a festa.
Ora o filho mais velho estava no campo.
Quando regressou,
ao aproximar-se da casa, ouviu a música e as danças.
Chamou um dos servos e perguntou-lhe o que era aquilo.
O servo respondeu-lhe:
‘O teu irmão voltou
e teu pai mandou matar o vitelo gordo,
porque ele chegou são e salvo’.
Ele ficou ressentido e não queria entrar.
Então o pai veio cá fora instar com ele.
Mas ele respondeu ao pai:
‘Há tantos anos que eu te sirvo,
sem nunca transgredir uma ordem tua,
e nunca me deste um cabrito
para fazer uma festa com os meus amigos.
E agora, quando chegou esse teu filho,
que consumiu os teus bens com mulheres de má vida,
mataste-lhe o vitelo gordo’.
Disse-lhe o pai:
‘Filho, tu estás sempre comigo
e tudo o que é meu é teu.
Mas tínhamos de fazer uma festa e alegrar-nos,
porque este teu irmão estava morto e voltou à vida,
estava perdido e foi reencontrado’».

Lc 15,1-3.11-32
Fonte: http://www.ecclesia.pt/cgi-bin/comentario.pl?id=426